Manaus, maio 2013 – Edição 80 – Ano 7
Boa Leitura!
Para sugestões ou críticas:
Prof. Mário Sobral Jr.
Prezados Prevencionistas,
As engrenagens da NR 12 já estão em movimento e você, enferrujando sem implantar as medidas obrigatórias?
Fiquei tão preocupado que neste mês o Segurito vai ajudá-lo a iniciar a lubrificação
e a gestão desta NR .
Para dar uma ajuda nesta edição convidei o amigo Dayglis Silva que irá me ajudar a
passar várias informações sobre a NR12.
Acione a leitura e só pare com o botão de emergência.
Um abraço e vamos às ações,
Prof. Mário Sobral Jr.
------------------------------------------------------------------------------
Qual a parada?
Muitos não sabem, mas os sistemas de parada de emergência também são classificados em categorias.
É o que chamamos de Categoria de parada 0 e Categoria de parada 1.
A Categoria 0 exige a interrupção imediata de energia dos atuadores da máquina.
Já a Categoria 1 exige que a energia seja mantida para aplicar frenagem até que a parada seja atingida e logo em seguida a energia do atuador possa ser removida. Xiii, embaralhou tudo, né? Vamos esclarecer.
Uma proteção intertravada com bloqueio, muitas vezes acompanha uma categoria do sistema de parada 1. Isso mantém a proteção trancada na posição fechada até que a máquina alcance o estado seguro (ou seja, parado). Imagine uma serra vertical de fita, daquela usada pelos açougueiros para corte de carnes. Numa situação emergencial o botão de emergência será solicitado e após o seu acionamento a fita da serra iniciará o processo de parada por desaceleração, por causa da inércia. Em máquinas como esta a parada imediata pode gerar danos e acidentes graves por consequência da ruptura de suas partes, no caso a fita da serra. Nesse exemplo, a máquina terá parada de emergência Categoria 1.
É importante lembrar que essa decisão de determinar o tipo de Categoria de parada de emergência estará embasada na Avaliação de risco da máquina.
Dayglis Silva – Téc. de Seg. do Trabalho e Consultor em Proteção de Máquinas – dayglis@ibest.com.br
Gestão Extintor
É dia de manutenção de várias máquinas e como não foi possível parar a produção durante a semana a atividade acabou sendo transferida para depois do expediente.
Infelizmente o acompanhamento do SESMT não foi autorizado, por causa da hora extra.
Você deve saber que em muitas empresas, mesmo quando a manutenção é realizada fora do horário de expediente a urgência faz parte do serviço, ou seja, as condições não são as ideais.
Mas tudo bem, o serviço tem início e o Tiozinho da manutenção faz todo o procedimento estabelecido, desliga a máquina, desliga a fonte de energia, sinaliza, coloca corrente, aproxima o extintor e tudo mais que o “chato” do técnico deixou escrito na PT emitida antes de sair (foi o máximo que conseguimos fazer).
Hora do jantar e o Tiozinho já volta em outro ritmo. Começa a relaxar nos procedimentos e começa a pensar:
- Talvez não seja necessário sinalizar, estou sozinho mesmo! E ainda completa: acho que se deixar ligada será mais fácil de testar.
E o ambiente começa a ficar cada vez mais propício para um acidente.
Inventei esta historinha, mas é uma situação frequente. E não venha colocar a culpa no Tiozinho, ele detesta ir trabalhar depois do expediente e quanto mais rápido acabar melhor.
- Ok professor, então a culpa é do gerente que não liberou o SESMT para acompanhar?
- Você acredita mesmo que o SESMT consegue evitar o acidente só com a sua presença? Em geral, irá no máximo deixar o Tiozinho um pouco mais alerta.
- Então de quem é a culpa professor?
- Meu filho, não gosto de indicar culpado, mas como você está insistindo, a culpa é da falta de gestão.
- Cumé quié?
- Isso mesmo, caso a empresa trabalhasse com uma gestão adequada, teria uma manutenção preventiva, que evitaria as manutenções sem programação antecipada (o que irrita deveras o Tiozinho), o número de manutenções diminuiriam, o que também iria diminuir o tempo de exposição aos riscos.
Além disso, como a manutenção seria programada, poderia haver um melhor estudo da forma mais segura de realizar a atividade e caso necessário, a programação antecipada do SESMT acompanhando a manutenção.
Verifique os acidentes das manutenções e você vai ver que um dos principais motivos é a organização inadequada das tarefas, utilizando de um gerenciamento modelo extintor, ou seja, só apagando incêndio.
------------------------------------------------------------------------------
Piadinhas
Poucas mulheres jogam futebol porque a maioria não suporta ver outras dez usando a mesma roupa que elas.
***
- A sua perna não tem nada – conclui o médico.
- Então, por que é que dói?
- Deve ser por causa da sua idade.
- Não concordo Doutor, a outra tem a mesma idade e não dói!
***
Vai entender: pobre sempre diz que não tem nada, mas quando tem enchente diz que perdeu tudo.
Facebook. Twiter. Que nada...
-----------------------------------------------------------------------------
O problema é de quem
Um dos dispositivos de segurança mais “simples” de ser utilizado para proteção de
máquinas é a chave de segurança.
Porém, precisamos estar alerta para alguns detalhes que podem se tornar grandes
problemas.
Quando temos acesso à área de risco de uma máquina por uma proteção móvel é meio óbvio que é necessário a máquina parar quando tivermos que abri-la.
Nesta situação entra em ação a tal da chave de segurança que estará fixada na proteção móvel e no corpo da máquina, interligada a alimentação de energia do equipamento. Ao abrirmos a proteção, o circuito é aberto e a máquina desliga.
Um detalhe importante são as máquinas que, apesar de desligadas, em função da inércia, o movimento continua. Para este caso é preciso o uso de sistema de monitoramento do tempo da máquina, utilizando, por exemplo, um relé de segurança.
E apesar de ter uma operacionalização simples, em função desta simplicidade, é comum operadores burlarem o sistema.
Nada mais fácil do que quebrar a parte que fica na proteção móvel e deixar conectado no corpo da máquina.
- Ahhh professor! Mas aí é por conta do operador. Não tenho culpa se ele que perder o dedo!
Infelizmente ou felizmente, não é bem assim, nunca é demais se lembrar do artigo 157 da CLT que estabelece que o empregador deve cumprir e fazer cumprir as normas de segurança.
Ou seja, ainda que o operador tenha burlado, em geral, esta situação pode ser de conhecimento do supervisor, do líder, e infelizmente, em algumas empresas, até mesmo do SESMT, ou seja, da empresa.
Com isso, a empresa não pode se eximir da culpa, pois é obrigada a orientar e “punir” com advertências, suspensões ou até demissão caso seja necessário.
---------------------------------------------------
PIADINHAS
Tem gente que diz que joga lixo na rua para garantir o emprego do gari. Mas morrer para dar trabalho ao coveiro ninguém quer.
------------------
Um eletricista vai até a UTI de um hospital, olha para os pacientes ligados e diz-lhes: Respirem fundo: vou trocar o fusível.
-----------------
Existem três frases que vão levar sua vida em diante: "Não diga que fui eu", "Já estava assim quando cheguei" e "Oh que boa idéia chefe"
-----------------
Nenhum comentário:
Postar um comentário