Sejam Bem Vindos!

Caros amigos internautas

Este Blog, cujo conteúdo principal é direcionado aos profissionais de segurança do trabalho, pode também ser utilizado por todos que se interessem pelo assunto.
Temos como lema servir sem pedir nada em troca; não precisa nem fazer cadastro, não nos interessa saber de dados pessoais de ninguém. Acesse e copie o que lhe interessar à vontade.
Porém, se alguém quiser espontaneamente compartilhar conosco algum texto ou arquivo interessante, será de muita valia e desde já agradecemos.

NOTA: os arquivos aqui referenciados e e disponibilizados, - salvo aqules que se pode copiar diretamente do blog, - somente estarão acessivieis por e-mail, pois, os provedores cobram pelo armazenamento e como não temos fins lucrativos não nos submetemos a eles. Ademais, temos que preservar os direitos autorais de terceiros.
----------------------------------------------------

PROFISSIONAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Visitem o blog ASSENOTEC - http://assenotec.blogspot.com/

Para cultura e variedades: PA-RUMÃO - http://pa-rumao.blogspot.com/

--------------------------------
Solicitação de arquivo: aromaosilva@bol.com.br

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Trabalho com Vidraria Parte 1

26/Jun/14

Fonte: http://www.arcoprojetoegestao.org/2014/06/trabalho-com-vidraria-parte-1.html?goback=.gde_2298721_member_5890408985332301825

Trabalho com Vidraria

clip_image002Neste novo tópico, ainda dentro de segurança em trabalhos dentro do laboratório, falarei sobre vidrarias. Seguindo o alinhamento do livro "Técnicas de Segurança em Laboratórios, Regras e Práticas" do Flávio Cesar Ferraz e do Antonio Carlos Feitoza.

Pelo tema render muitas situações de risco, seja por sua natureza ou por seu uso intenso, o dividi em duas partes. Hoje falaremos sobre as montagens usando vidros, prática muito comum em processos de destilação, por exemplo, e também sobre os riscos com choques térmicos, também bastante comuns na rotina do trabalhador em laboratórios, que comumente aquece elementos, agita, resfria, etc...

Os vidros comuns possuem aproximadamente 70% de sua composição a base de sílica e o resto de óxidos variados, conforme seu fim ornamental ou de uso. Opacos, transparentes, grossos, finos, escuros, claros, coloridos, etc... Este tipo de vidro é usado com muita restrição em laboratórios, por conta de sua baixa resistência térmica e não tratamento de tensões. Pode ser usado, com restrição, para amostras ou armazenamento de alguns reagentes. É fundamental conhecer o reagente, ou mesmo a amostra, quanto a sua reatividade quanto ao armazenamento, se algum destes reage com vidro, então o mesmo não deve ser usado para armazenamento ou transporte. Infelizmente este tipo de descuido é mais comum do que possa parecer. O treinamento, a circulação de informação, pode ajudar muito neste momento.

A maioria dos vidros usados em laboratórios são parecidos com os vidros comuns, porém em sua composição adiciona-se mais óxido de boro. Com esta composição diferenciada o vidro adquire boa resistência química, mecânica e térmica.

Para a montagem de sistemas com vidraria devemos sempre lembrar da regra dos materiais cerâmicos, evitar ao máximo forças cisalhantes, pois eles tem boa resistência a compressão, não a forças de torção, por exemplo. Mesmo assim, a regra básica é não forçar demais as estruturas, se notar que durante a montagem a exigência de força está alta, recomenda-se revisar o plano de montagem e tentar outra estrutura, forçar um vidro não é viável devido à ausência de flexibilidade em temperaturas normais. Os EPIs são indispensáveis nesta etapa, vidros não demonstram que vão quebrar.

Existem procedimentos de segurança, além da força dosada e do uso de EPI, que são abrandar os cantos vivos em chama do bico de Bunsen, ou ainda, lubrificar com água ou óleo mineral antes de um encaixe em rolha.

Também ajuda a aliviar a tensão sobre a estrutura se a mesma estiver alinhada, use garras com ponta de PVC ou amianto. Novamente cuidado com o aperto excessivo da vidraria, pois uma pequena dilatação (devido à temperatura da reação) pode ocorrer e a vidraria, sem espaço, quebrará.

clip_image004

Outro momento de risco na operação com vidraria é quando temos o choque térmico, ou seja, a estrutura é exposta a duas temperaturas muito diferentes.

Alguns cuidados podem nos ajudar neste momento, além do constante uso do EPI.

Um deles é quando for aquecer um líquido no bico de Bunsen não o fazer diretamente, usar uma tela de amianto entre a chama e o vidro. Caso o aquecimento direto não possa ser evitado, não permita que a chama toque a parte do vidro sem o líquido, pois o contato do líquido com esta parte poderá causar o choque térmico e consequentemente a ruptura do recipiente.

Próximo a este exemplo temos a operação de aquecer um tubo de ensaio contendo um líquido, neste caso os riscos de quebra somam-se aos de espirro (jatos) de líquidos aquecidos sobre o operador ou colegas circundantes. Além do uso de EPIs, aqueça brandamente (não deixe o tubo "estacionado" sobre a chama) com a boca do tubo em direção oposta ao operador, valendo a regra do contato da chama exclusivamente com a parte que contém líquido no tubo de ensaio. Pois é justamente neste momento, caso haja contato da parte seca aquecida mais que o líquido, que uma ebulição violenta poderá ocorrer e a expulsão de líquidos e vapores poderá ocorrer, como o espirro de material quente, além da própria quebra. Use pinça para contato com o tubo de ensaio.

Líquidos devem ser aquecidos, sempre que tivermos esta alternativa na marcha de análise ou síntese, em chapas de aquecimento elétrico ou em banho-maria.

O banho-maria quando não puder ser uma opção, devido ao risco de contato com água, pode ser substituído por banho seco de areia. E no caso das chapas de aquecimento elétrico devemos ter o cuidado de sempre ter uma superfície de contato onde a do vidro é menor que a da chapa.

Além dos EPIs constantemente citados, operações de aquecimento podem desprender vapores, portanto o uso de capela, (Compartimento fechado e envidraçado, nos laboratórios, no qual se realizam as reações químicas que desprendem gases deletérios) um EPC, deve ser feito.

Terminamos assim, nossa primeira etapa, semana que vem continuaremos tratando de vidrarias, mas sobre as operações mecânicas, impactos, choques...

Fiquem a vontade para participarem com comentários, críticas, sugestões, que sempre acrescentarão conhecimento a todos nós que trabalhamos em laboratórios.

Obrigado pela leitura, bom trabalho e até semana que vem.

Postado por Francisco da Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário